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Sobre imbecís de todos os níveis

  • Foto do escritor: Gilberto Moura
    Gilberto Moura
  • 25 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

Era aula. O debate foi de um texto Sobre política e jardinagem do grande Rubem Alves.


Com cara antipática (como sempre) ouvi atentamente os debates dos grupos enquanto as meninas davam corda para que eu falasse. Calado estava, calado fiquei. Ouvi todos os comentários e análises sobre o texto e tudo era em terceira ou segunda pessoa. Ninguém puxou pra si a responsabilidade de um mundo melhor, de uma política honesta e de uma sociedade mais humana. Responsabilizaram todos (claro com exceção de si) e se esquivaram.


Pois bem, o escritor Humberto Eco, um crítico de rede social atestou que as redes sociais deram voz aos imbecis. O filósofo Luiz Felipe Pondé assegurou que a crítica de Eco estava associada ao medo que a academia tem da opinião de todos. Que na verdade, o nível superior não gosta de gente mais humilde. Sendo verdade ou não, sou a favor das opiniões de Eco e Pondé, pois a imbecilidade (se é que existe essa palavra) se revela em todos os níveis sociais.


Não posso julgar quem não teve acesso ao estudo, a qualificação, pois, o acesso ao ensino se democratizou com mais eficácia a partir da eleição de um governo de esquerda. Agora me foco em quem tem oportunidades e cada vez se esquiva, pensa em si mesmo, e esquece da coletividade.


Talvez, essa imbecilidade de não discutir política, de criminalizar todo mundo supere os limites das palavras do grande Rubem Alves que conclama a todos para aderir ao processo político. É inadmissível a falta de cordialidade, reciprocidade, benevolência ou mesmo o pensamento crítico de quem vem galgando sucesso na vida estudantil e acadêmica, isso sem deixar de lado, que uma boa alma se forma com bons conselhos, companhias, leituras e outros.


Qual meu papel como cidadão? O que tenho feito? Não vale responder acusando o segundo, terceiro ou quarto.


Gilberto Moura Jornalista


 
 
 

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